Relatórios ESG obrigatórios: o que mudou a partir de 2023 e como as empresas devem se adaptar
Relatórios ESG obrigatórios: o que mudou a partir de 2023 e como as empresas devem se adaptar
🌍 Introdução
O mundo corporativo passou por uma verdadeira virada de chave a partir de 2023. Com a crescente demanda por transparência e responsabilidade ambiental, social e de governança, os relatórios ESG (Environmental, Social and Governance) deixaram de ser opcionais para se tornarem obrigatórios para empresas listadas na B3. Mais do que uma exigência legal, esse movimento marca uma mudança profunda na forma como os negócios são conduzidos, comunicados e avaliados.
Mas afinal, o que mudou? Quais são as novas normas? E como sua empresa pode (e deve) se preparar para atender a essa nova realidade?
📊 O que são os relatórios ESG?
Os relatórios ESG reúnem informações sobre o desempenho e os impactos das empresas nas áreas ambiental, social e de governança. Eles ajudam investidores, clientes e outros stakeholders a entender como a empresa gerencia seus riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade.
Antes de 2023, muitas empresas publicavam relatórios voluntariamente. Agora, estamos vivendo uma nova fase de padronização e exigência regulatória, que exige mais consistência e responsabilidade nos dados divulgados.
⚖️ O que mudou a partir de 2023?
A principal mudança foi a adoção de novas normas internacionais de divulgação de sustentabilidade, impulsionadas pela criação do ISSB (International Sustainability Standards Board), ligado à Fundação IFRS.
As empresas passaram a seguir dois principais padrões:
- IFRS S1 – Normas gerais para divulgação de informações de sustentabilidade relevantes à performance financeira.
- IFRS S2 – Foco específico na divulgação de riscos e oportunidades relacionados ao clima, alinhado ao TCFD (Task Force on Climate-Related Financial Disclosures).
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil recomendou a adoção voluntária dessas normas em 2023, mas com previsão de obrigatoriedade gradual a partir de 2026 para companhias abertas — o que já impulsiona grandes empresas a começarem a se adequar desde agora.
🏢 Quem precisa se adaptar?
- Empresas listadas na bolsa de valores (B3), especialmente no segmento Novo Mercado.
- Organizações com grande exposição a investidores institucionais.
- Companhias que atuam em mercados internacionais e precisam alinhar-se com práticas globais.
- Empresas em processo de IPO ou M&A, que já estão sendo analisadas sob a ótica ESG.
🧩 Como se preparar na prática?
1. Mapeie seus riscos e impactos ESG
Identifique como a sua operação impacta o meio ambiente, a sociedade e como você gerencia a governança corporativa.
2. Escolha um framework de reporte
Os mais utilizados são:
- GRI (Global Reporting Initiative)
- SASB (Sustainability Accounting Standards Board)
- TCFD (clima)
- Agora: IFRS S1 e S2, que serão o novo padrão internacional
3. Integre sustentabilidade ao planejamento estratégico
ESG não é apenas um relatório bonito. Ele deve estar inserido nas metas, processos e cultura da empresa.
4. Monte um time multidisciplinar
Envolva áreas como finanças, RH, compliance, jurídico, operações e marketing. ESG é transversal.
5. Tenha dados confiáveis
Investir em sistemas de mensuração, indicadores (KPIs) e governança da informação é essencial.
🧠 O que acontece com quem não se adapta?
- Perda de credibilidade com investidores
- Desvalorização de marca e reputação
- Dificuldade de acesso a crédito e financiamentos verdes
- Risco de exclusão de índices de sustentabilidade (como o ISE B3)
✅ Conclusão
A obrigatoriedade dos relatórios ESG é apenas o começo de uma nova era em que ser sustentável deixou de ser diferencial e passou a ser requisito básico. As empresas que entenderem esse movimento como uma oportunidade de evoluir, e não como um peso regulatório, certamente sairão na frente — conquistando confiança, mercado e valor de longo prazo.
📣 Quer se antecipar às mudanças e construir um relatório ESG com relevância e impacto?
Fale com nosso time e saiba como implementar um processo eficaz, conectado às novas exigências do mercado.